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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Dar cabo do canastro

27.02.20, Olga Cardoso Pinto

canastro minhoto.jpg

O "canastro" minhoto.

O espigueiro é uma construção utilitária e arte popular, construido de forma a guardar o milho, protegendo-o da humidade e dos animais.

Geralmente em granito e madeira, tornou-se um elemento emblemático do Minho. As suas origens remontam aos tempos em que os suevos se instalaram na Galiza e norte de Portugal. A sua função era a mesma que a dos nossos dias, no entanto, talvez também fossem armazenados outros cereais.

A sua decoração, mais ou menos elaborada, atualmente depende dos gostos e habilidades artísticas do seu proprietário. Na antiguidade, a decoração era alusiva às proteções divinas com motivos rúnicos e símbolos animistas.

Será que a expressão "dar cabo do canastro" que tem como significado dar ou apanhar pancada, advém da importância da preservação e integridade desta construção para as famílias minhotas? 

 

Fotografia: o simbólico espigueiro ou "canastro" da porta azul de Gondomar, em Vila Verde.

 

Deixar ir

26.02.20, Olga Cardoso Pinto

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Num momento desta vida onde tudo parece conturbado
Nascerá um novo dia mais radioso, iluminado
Olho-te feito homem, nesse corpo de criança
Quantos pensamentos, vontades e sobre eles a esperança
Abraço-te, não quero deixar-te ir
És meu, do meu corpo feito
Não quero deixar-te partir
Quero-te perto do meu peito
Oiço o teu coração junto ao meu num constante fluir
Partes para a vida que é tua
De coração lavado e alma nua
E eu fico queda e serena deixando-te ir
Sentindo dentro de mim um restolhar, um novo parir.

 

Imagem: ressonância magnética mostrando como um beijo entre mãe e filho pode desencadear uma reação no cérebro: a libertação de oxitocina, a hormona do afeto, empatia e amor.

 

Inspiração

Loreena McKennitt

20.02.20, Olga Cardoso Pinto

A música, a exótica sonoridade e voz de uma beleza indescritível de Loreena, fazem parte do repertório que oiço quase diariamente para as minhas criações. Este tema, Beneath a Phrygian Sky, pertence ao album An Ancient Muse.

The moonlight it was dancing
On the waves, out on the sea
The stars of heaven hovered
In a shimmering galaxy

A voice from down the ages
So haunting in its song
These ancient stars will tell us
Our love must make us strong

The breeze it wrapped around me
As I stood there on the shore
And listened to this voice
Like I never heard before

Our battles they may find us
No choice may ours to be
But hold the banner proudly
The truth will set us free

My mind was called across the years
Of rages and of strife
Of all the human misery
And all the waste of life

We wondered where our God was
In the face of so much pain
And I looked up to the stars above
To find you once again

We travelled the wide oceans
Heard many call your name
With sword and gun and hatred
It all seemed much the same

Some used your name for glory
Some used it for their gain
Yet when liberty lay wanting
No lives were lost in vain

Is it not our place to wonder
As the sky does weep with tears
And all the living creatures
Look on with mortal fear

It is ours to hold the banner
Is ours to hold it long
It is ours to carry forward
Our love must make us strong

And as the warm wind carried
Its song into the night
I closed my eyes and tarried
Until the morning light

As the last star it shimmered
And the new sun's day gave birth
It was in this magic moment
Came this prayer for mother earth

The moonlight it was dancing
On the waves, out on the sea
The stars of heaven hovered
In a shimmering galaxy

A voice from down the ages
So haunting in its song
The ancient stars will tell us
Our love must make us strong

Loreena é de origem canadiana e uma apaixonada pela cultura e música celta. Podem conhecê-la melhor aqui no seu site.

Pessoalmente, esta música toca-me bastante, como poderia não ser inspiradora? Mas há muitas outras que iluminam a criatividade, humor e bem-estar. Podem ouvir aqui

Que seja também inspiradora para vocês!

Bjs

 

ConcursoTree of the Year

Árvores com história - O nosso Castanheiro de Vales

19.02.20, Olga Cardoso Pinto

castanheiro de vales.jpg

O concurso “Tree of the year” (Árvore do Ano) é organizado pela EPA (Environmental Partnership Association)

Ao longo de dez anos procuram árvores com história pela Europa. No site estão apresentadas as finalistas e na lista está a nossa árvore: o Castanheiro de Vales.

Vote pela nossa árvore rica por ter uma história milenar e que muito diz a nós portugueses.
No site pode selecionar a língua portuguesa para melhor compreensão. Em Portugal o organizador do concurso nacional foi a UNAC (União da Floresta Mediterrânica), do qual saiu vencedor este magnífico exemplar.
As votações decorrem entre os dias 1 e 29 de fevereiro de 2020, apresse-se já não falta muito tempo!
Os resultados serão anunciados na Cerimónia de Entrega de Prémios, em Bruxelas, a 17 de março, onde os vencedores serão premiados.

Castanheiro milenar da Vila de Vales, Vila Pouca de Aguiar

“O castanheiro de Vales
Entre paisagens agrícolas e florestas de encantar chegamos à aldeia de Vales onde encontramos um magnífico castanheiro. Com 4,5 m de largura do tronco, é uma das mais grossas árvores do nosso país, cuja cavidade do tronco guarda muitas histórias do tempo em que o castanheiro era local das brincadeiras de crianças e se tornou memória de gerações de adultos. Admite-se que o castanheiro tenha mais de mil anos e tenha sido cultivado pelos romanos nos tempos em que ali exploravam as minas de ouro.”
 Aqui encontra a informação sobre a nossa árvore e também para votar

Eu já votei!

Desanuviando

Caminhada fotográfica

18.02.20, Olga Cardoso Pinto

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A recolher informação para um trabalho em desenvolvimento, estando a tarde ensolarada aproveitei para desanuviar. Ao desfrutar deste encantador recanto na cidade, o Parque de Avioso na Maia, ao som do chilrear da passarada, do grasnar dos patos enamorados e da morna brisa, respirei fundo e tirei algumas fotografias para recordar estes momentos retemperadores.

Recarregar energias é essencial, para mim, de preferência perto da Natureza!

Nota: no dicionário Priberam, a definição para Desanuviar: 

1. Limpar de nuvens.

2. [Figurado] Libertar do que causa sensação ou sentimento negativo ou opressor. = DESASSOMBRAR

3. Desenrugar o cenho (gostei deste!)

 

 

Ao Gato!

Gato que brincas na rua

17.02.20, Olga Cardoso Pinto

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Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

Fernando Pessoa, obra édita

 

A planta dos corações

14.02.20, Olga Cardoso Pinto

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Quase de mãos dadas, o apaixonado par semeou a planta pequena, franzina, carente de constante afeto. Ela foi crescendo naquele amor extremo, onde não faltava o líquido essencial e a energia da luz. Todos os anos dela germinavam uns botões pequeninos, vermelhinhos, reluzentes, e ao longo do ano cresciam, envoltos naqueles cuidados mimados e carinhosos. Invariavelmente, no dia catorze de fevereiro as flores abriam as pétalas resplandecentes, como duas asas e com a ajuda do vento partiam sopradas com delicadeza, unindo-se assim a tantas outras que envolviam o céu de um escarlate vibrante e radioso. Nesta demanda colorida, espalhavam as sementes para que outros pares as semeassem no ano seguinte numa renovada prova de amor.

A Fada

12.02.20, Olga Cardoso Pinto

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Tenho uma fada que me fala ao ouvido
«Faz isso bem, escreve o que te digo!»
Uma fada irreverente que me fala sem parar
Que me inspira, me envolve, noite e dia sem cansar
É um ser alado, de beleza sem igual
Por vezes mal-humorado, outras vezes jovial
«Desenha assim, repara no traço, olha essa cor!
Escreve com o coração, escolhe as palavras, tudo é amor!»
Esta fada inoportuna, picuinhas e matreira
É bem minha, pessoal, uma amiga e companheira.

 

Imagem: pintura de John Austen Fitzgerald - The painters dream

 

Inspiração

Hang Massive

07.02.20, Olga Cardoso Pinto

Sons e melodias diferentes que aprecio bastante dos Hang Massive, nesta faixa que se intitula The Secret Kissing of the Sun and Moon. Esta dupla foi formada em 2011 pelo britânico Danny Cudd e pelo sueco Markus Offbeat, a dupla já gravou cinco álbuns e dois EPs. Constantemente em viagem, Danny e Markus já apresentaram a magia musical do hang em festivais de música eletrónica e palcos do todo o mundo, inclusive em Portugal.

Este instrumento, o hang drum foi criado por um casal suiço, e é um instrumento musical idiofónico cujo som é produzido pela sua vibração ao ser tocado, os sons podem ser diferentes de acordo com o local onde é produzido devido à concepção da sua forma. 

As músicas são uma inspiração para a criatividade, levam-nos em viagens, à instrospeção e contemplação para desfrutarmos do que nos rodeia.

Espero que apreciem e também se deixem levar por estes sons que me inspiram sempre!

Bjs

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