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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Ilustrando sentimentos

Evasões virtuais

30.04.20, Olga Cardoso Pinto

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Como as nossas atividades, neste tempo de confinamento, se tornaram essencialmente virtuais, vou dar uma caminhada por este bosque virtualmente criado para um conto da minha autoria. Já volto... querem vir? 

«Já sinto o odor da floresta, o perfume da Natureza. O trinar das aves ondula pelos meus ouvidos. A brisa fresca revolve as tenras folhas dos carvalhos e prende-se à madeixa dos meus cabelos, zombando da minha admiração pelo cenário que me cativa. O cantarolar da água desvia-me os sentidos, como é fresco e convidativo. Reparo no efeito da luz e das sombras, criam efeitos fantásticos, surreais, tentam a imaginação. Os raios de sol incidem numa clareira, onde brilha um imenso tufo de erva fresca. As gotículas do orvalho resplandecem como pérolas atraindo libelinhas e abelhas. 

Liberto-me deste enlevo e acomodo-me sob um freixo, recosto-me no seu amplo tronco, testemunha de tantas eras. Alongo o olhar para uma ramificada e altiva aveleira, cresce segura e renovada pela nova Primavera.

Respiro fundo, inspiro a felicidade que ali paira, abro o meu livro e transporto-me para um novo tempo, uma nova história, uma nova vida...»

 

Sou uma "nemofilista", confesso

 

Quando tudo isto acabar...

29.04.20, Olga Cardoso Pinto

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Quando tudo isto acabar
Vou beber um café
Passear ao luar
Fazer uma soirée

Fazer poemas sem jeito
Fazer o pino e até cantar
Vou abrir o meu peito
Escrever um livro a sonhar

Desfiar uma história
Letras bonitas oferecer
Vou pintar uma memória
Ilustrar um prazer

Abrir a janela e sorrir
Fazer o futuro brotar
Dar-te a mão e sair
Quando tudo isto acabar.

 

Boas leituras

27.04.20, Olga Cardoso Pinto

O Castelo de Luis Zueco.JPG

A sugestão de leitura para hoje é O Castelo, do autor Luís Zueco, sob a chancela da editora Alma dos Livros.

É uma interessante história ficcionada, inspirada na vida real - a construção do Castelo-Abadia de Loarre, uma fortaleza de traça românica que se situa entre a planície e os Pirinéus aragoneses, Espanha.

Este romance histórico prendeu-me da primeira à última página, passado na Idade Média, uma época de grandes conturbações, de grandes feitos e fonte de muitas lendas e histórias bizarras. Por ainda existir e ser visitado anualmente por milhares de pessoas, torna este livro muito interessante, quase um apelo a viajarmos para o conhecer. Eu aguardo para que em breve o possa fazer. Fiquei curiosa, não só para visitar esta monumental fortaleza e descobrir os seus recantos tão bem descritos por Zueco, como também para visitar as redondezas e reencontrar os Pirinéus que tanto me encantaram.

Toda a ação é rica em pormenores, em personagens e feitos, é um rico relato de como o Castelo de Loarre foi também construído pela força, perseverança e vontade de um povo, que embora  subjugado pela nobreza, pelo rei e pelo clero, conseguiu concretizar o sonho em realidade, materializar a construção de um local onde pudessem viver mais livremente e defenderem as suas raízes.

 

Pomba da Liberdade

25.04.20, Olga Cardoso Pinto

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Passaste pela alta janela, nesse voo rasante

Quis ir contigo no teu destino e mais adiante

Deixei voar contigo o meu esperançoso pensamento

Ansiando por novos dias luminosos e por novo alento

Ir livremente e sem amarras contigo viajar

Ver-te em cada nascer do sol, na alvorada a despontar

Esperança, fé e alegria serão sempre o meu sentir

Por ti Liberdade, em abril e sempre no tempo a sobrevir.

 

A convite da amiga MJP do blog Liberdade aos 42 criei o poema e respetiva ilustração, hoje aqui partilhado.

Bjs

 

O respirar da Terra

Texto de opinião

24.04.20, Olga Cardoso Pinto

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Uma peça a elogiar - a abertura do Jornal das 8 da TVI, pelo jornalista José Alberto de Carvalho, sobre a comemoração do Dia Mundial da Terra, emotiva e que me comoveu, eu uma humilde habitante deste lugar partilhado por tantos outros seres. Mas fica a questão: depois de tudo passar e existir vacina para este vírus, será que voltaremos a dar importância ao Dia Mundial da Terra? Ou foi só neste dia em que a Humanidade privada da sua liberdade, parada nas suas atividades, se deu conta que a Terra palpita qual coração e respira como pulmões? Que todos os seus habitantes, humanos - animais - plantas - árvores, vibram de vida, respiram? Será que passará de Dia a Vida Mundial da Terra para todo o sempre?

Olhemos então para nós, Seres Humanos:
Os nossos pulmões assemelham-se a árvores, o nosso cérebro parece-se com zonas rochosas desgastadas pelas águas, as nossas impressões digitais comparam-se com os anéis das árvores que registam a sua idade no interior do seu tronco, as palmas das nossas mãos colocadas ao lado de folhas de árvores, são semelhantes nos veios que as percorrem. O nosso sistema circulatório é quase como a imensidão de rios que correm para o mar. O simbolismo da Árvore da Vida, com os seus imensos galhos elevados para o céu e as suas prolíferas raízes que se estendem no subsolo, têm uma bela similaridade com a placenta que permite o desenvolvimento do bebé no ventre materno…e muito haveria para referir e comparar.
Para terminar, em jeito de reflexão: quanto há em nós de Natureza? Teremos dentro de nós um ecossistema igual aos que existem no planeta Terra? Estaremos todos ligados por um entrançado de ligações invisíveis somente para aqueles que não querem ver?

Podemos também dizer: Somos Todos Terra! 

Imagem: fonte NASA

 

 

Dia mundial do Livro

23.04.20, Olga Cardoso Pinto

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Ler um livro é abrir portas, deixarmo-nos ir numa viagem desconhecida, envolvermo-nos na história, confidenciarmos com as personagens.
Ler um livro é despertar memórias, vivenciar situações e realidades, conhecer outros mundos e novos sentimentos.
Escrever um livro é doação, é convidar estranhos para um mundo inventado ou inspirado.
Escrever um livro é contar histórias, é dar-se em palavras, é convite ao sonho.
Livros são acontecimentos onde a palavra escrita pode ser maravilhosa, libertadora e motivacional.
Livros são mundos à espera para serem descobertos, onde é permitido sonhar sem barreiras, sem julgamentos nem imposições.

 

Dia Mundial da Terra

22.04.20, Olga Cardoso Pinto

Nabia dando Água ao Mundo (2).jpg

"Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido."

Leonardo da Vinci

Amar, Proteger, Respeitar este planeta Terra que nos acolhe

Imgem: Nábia dando água ao mundo, autoria Olga Cardoso Pinto

A beleza da Natureza na cidade

20.04.20, Olga Cardoso Pinto

Igreja Águas Santas.JPG

«A natureza pinta para nós, dia após dia, quadros de infinita beleza se tivermos olhos para ver...»

John Ruskin (Inglaterra 1819-1900) - escritor, crítico de arte, sociólogo, apaixonado pelo desenho e pela música.

Foto: Igreja de Nª Srª do O em Águas Santas, Maia, com as suas Olaias (ou árvore de Judas ou árvore do Amor) em flor.

 Igreja românica, fazia parte do antiquíssimo Mosteiro desaparecido, muito alterada pela justaposição de vários corpos novos nos séc. XIV, XVII e XIX. Retábulos de talha barroca e neoclássica. Particulariza-se entre as igrejas românicas por mostrar alguns restos visigóticos e apresentar duas naves em soluções diferentes. 

 

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