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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

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A Árvore de Camilo

23.02.21, Olga Cardoso Pinto

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A breve caminhada levou-me até ao louro-cerejo - a árvore de Camilo - a árvore centenária que vive num solene remanso rural junto à antiga residência paroquial, onde Camilo Castelo Branco passava os longos dias de verão pelas terras da Maia. Junto a ela um banco que convida a desfrutar da companhia e da vista e quiçá, também, de uma boa leitura: uma magnífica obra de Camilo.

"Na freguesia de Barca, junto da casa que foi antiga residência paroquial, está uma árvore que, de acordo com a tradição local, foi plantada por Camilo Castelo Branco. Trata-se de uma planta cuja designação botânica é «Prunus laurocerasus», com a denominação popular de «louro-cerejo», que pertence à família das rosáceas e cujo nome deriva do facto de os seus cachos florais produzirem bagas de um tom vermelho escuro que faz lembrar as cerejas.
A explicação para aquela tradição não é difícil de encontrar. Na sua juventude, aí pelos anos de 1848 – 1850, Camilo, aquando dos seus passeios pelos arredores do Porto, viria com alguma frequência a Barca, e aqui passaria mesmo algumas temporadas, sobretudo no verão. Um dos motivos das suas deslocações era a visita ao Padre Santana e Silva, abade de Barca conhecido e requisitado orador sacro. Este pregador era famoso pela sua oratória inflamada e convincente, e, por isso mesmo, era muito solicitado para fazer os seus sermões nas mais importantes festividades, quer da Terra da Maia, quer da região envolvente. Ora, quer uma certa tradição, não só local como literária, que o autor das apreciadíssimas intervenções do Abade Santana da Silva não era outro senão ... o próprio Camilo.
Eis a razão pela qual ele aqui se deslocava; eis a possível explicação para a existência da «Árvore de Camilo»."

Fonte: CM Maia. Pelouro da Cultura

 

 

Escrita inspirada

08.02.21, Olga Cardoso Pinto

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"A curandeira aproximou-se do rio que corria lânguido pela pouca água que transportava, devido ao inverno seco e um verão que ameaçava ser abrasador. Ajoelhou-se na margem e baixou o rosto para o lavar, sentiu-se atraída pela água fresca, pela melodia que levava no correr, a luz dando-lhe aquele brilho espelhado que fugia em cada pedra ou erva que se cruzava no seu caminho. Mergulhou a face quente, abriu os olhos e sentiu-se ser levada para longe, o espírito esvair-se para um mundo sem peso, sem culpa e sem dor...e viu o filho! Viu a criança embalada nos braços de uma mulher, que amiúde lhe beijava a fronte e lhe cantava ao embalá-lo!"

 

Excerto do romance O Abraço do Freixo por Olga Cardoso Pinto

Foto: rio Almorode, Maia

 

O desafio de desenhar com palavras

02.02.21, Olga Cardoso Pinto

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Desenhar com palavras foi o desafio que não me deixou indiferente. Bastou o título para captar a minha atenção.

Obrigada minha amiga Ana de Deus por me referires neste teu desafio.

Bjs

 

Vi-o num espelho refletido, sem saber quem era. Esse rosto desconhecido, elegante, belo, no entanto, incompleto, esbatido sem deixar entrever o nariz e a boca, nem o remate do queixo. Cada vez que me mirava nesse velho espelho, eras tu que via. Admirada por tal visão quis saber quem eras. Mais ninguém te divisava, duvidei da minha sanidade. Por seres a aparição no espelho de família, esquecido no empoeirado sótão e resgatado graças ao meu constante deambular pela casa adormecida, presumi que foras alguém do meu passado. Uma avó, uma tia? Quem?
Vasculhei nas antigas caixas feitas de metal da bisavó. Inúmeras fotografias retratavam passeios, entes queridos nascidos e falecidos há muito. Paisagens coloridas a pincel. Mas a ti não te via retratada nas películas amarelecidas, no sépia que invadia a mesa e a minha mente.
Voltei aos álbuns, às fotografias espalhadas. Já tentada a desistir nesta procura que se assemelhava a loucura, levantei os olhos e sobre o aparador lá estava a fotografia desbotada de uma mulher sentada, em pose de fotógrafo de estúdio. Retoquei o teu lindo rosto, definindo-o a aguarela. Contornei o nariz fino, depois os lábios e finalmente o contorno do teu belo rosto sem nome.

 

 

Ilustração de histórias

O nome apropriado para uma personagem

01.02.21, Olga Cardoso Pinto

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Caros Amigos e Amigas,

Agradeço a vossa participação ao sugerirem nomes tão engraçados para o pequeno Ratinho. Não faltaram sonantes denominações aqui no blog e no Facebook. A escolha está a ser difícil, será que podem dar mais uma ajuda?

Selecionei estes quatro nomes. Qual deles se adequará a esta diminuta e peluda personagem?

Óscar - sugerido pelo Afonso, filhote da Anita

Zacarias - indicação de um anónimo (que peço para se revelar)

Caju - o nome proposto pelo James

Pompeu - sugerido pela MJP

 

Agradeço a vossa ajudinha.

Bjs

Olga