Hoje é assim
Ir
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Ilustrar: latim illustro, -are, alumiar, dar luz, tornar claro, tornar evidente, explicar, tornar brilhante. In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
Assim se alumiam as minhas ideias e inspirações para uma ilustração.
A flor de cerejeira simboliza a efemeridade da vida, a feminilidade, a juventude e o amor puro.
A borboleta azul toma por simbolismo a transformação, devido à sua metamorfose, associada às mudanças que vivemos ao longo da vida e as escolhas que nela fazemos.
Abril de Abril
Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.
Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.
Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.
Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.
Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas.
Manuel Alegre
Eu do livro não me livro
E nem quero me livrar
Se do livro eu me livro
Como livre vou ficar?
Silas Fonseca
Que este dia seja muito bem passado na companhia de um bom livro
Bjs
Ao longo de tantos anos já muito foi dito, discutido, escrutinado, investigado sobre a crítica situação do nosso planeta. Quais os reais e efetivos avanços para enfrentar a destruição do clima, dos ecossistemas, das espécies e da própria sobrevivência da Humanidade na Terra?
Cada um de nós tem uma parte a fazer, como um todo, numa só vontade.
"A Terra é minha casa e a humanidade a minha família.”
Kahlil Gibran
Imagem: Nábia dando água ao Mundo. Óleo sobre tela.
Sugestão de música para o dia de hoje: Musique de la Terre vue du Ciel de Armand Amar
Flores para a Benedita
Como posso expressar todo o amor que sinto por ti?
Pelo desenho que lavro pelas minhas mãos, pois obedecem ao que me vai no meu coração.
Há tanto céu, tanto verde, longos caminhos por calcorrear e de quando em vez a presença de habitantes que nos enchem o dia de singularidades.
Tecedeira
Sinto a chuva no rosto
Numa felicidade sem fim
Rasgo penas de desgosto
Voando procurando por mim
Lavo a alma atormentada
Sem condição para a condenar
Sinto-me na leveza enlevada
Nesta vontade de criar
Bordo em fios bem delgados
Teço destinos irreais
Encontro mistérios guardados
Envolvendo-me em bordados magistrais
Sei quem fui, o que sou
Sem tormentas nem dor
Sou aquela quem bordou
Todos os versos de amor
Imagem: Lenço dos Namorados - Vila Verde
Este desafio termina hoje com a cor branca. Recordo que foi criado pela amiga Fátima Bento, do blog Porque Eu Posso, e que tem feito correr tanta escrita!
Como gosto de casas antigas, sobretudo aquelas que ficaram esquecidas pelo tempo, hoje escrevo sobre uma muito especial.
Perdeste a tua altivez granítica, hoje és senhora decrépita lamentando os anos que por ti passam. As memórias do tempo guardá-las envolvidas na patine das décadas, cobertas pelo cintilar do pó, pelo bordado das teias, do negrume das traves, das madeiras corroídas, do soalho desgastado. Quantas vidas foram desfiadas nessas tuas paredes outrora caiadas, alvas de ser e luz? Quantas histórias contarias se alguém te escutasse? Envolvem-te com adoçado carinho e cor uma nogueira, duas laranjeiras, uma figueira e uma ameixieira. Que mãos as plantaram? Que segredos conta a terra que as viu crescer? Donde vem a água que torna este solo fértil, rico e espontâneo no medrar de todo o verde, pontilhado de amarelo, roxo e branco? As heras crescem ligeiras, ansiando adornar tão melodioso lugar. As rolas arrulham sempre perto de ti, acariciam-te as telhas desgastadas atirando aos céus sonetos de amor.
Dentro das tuas paredes mora o silêncio, a frescura dos dias que guardas para conservar a saudade de quando eras mimada, ruidosa, com música da rádio que agora jaze calado sobre a mesa da cozinha. Quantos odores ficaram suspensos dos cozinhados na lareira de boca larga, escancarada, para receber mais lenha e o pote de três pés.
O espelho, pendurado, ficou ali refletindo para o interior as janelas do varandim que se abrem para o esquecido jardim que, no entanto, continua a crescer rebelde insistindo em renovar-se em cada estação que vês passar. Miras-te nele em cada ano que corre indiferente à tua velhice, quem cuidará de ti? Eu ou um outro eu que me viu entrar? Só o reflexo branco, translúcido na tua parede caiada de branco, agora sujo…
Neste desafio participam #OGrupoDosLápisDeCor:
Fátima, A Concha, A 3ª Face, A Marquesa de Marvila, Maria Araújo, Peixe Frito, imsilva, Luísa de Sousa, Maria, Ana D., Célia, Charneca em Flor, Miss Lollipop, Ana Mestre, Ana de Deus, Cristina Aveiro, bii yue, João-Afonso Machado e José da Xã.
Tenho lido com regularidade e há bons livros que irei aqui referir. Hoje recomeço as minhas apreciações sobre o que ando a ler ou que já li.
Esta foi a minha última leitura A Livraria dos Finais Felizes de Jenny Colgan, da Edições Chá das Cinco. É uma história leve, engraçada sem grandes reviravoltas ou dramatismos.
O que me despertou para o ler foi, sobretudo, saber que a ação se passa na Escócia e os desafios que se deparam à personagem principal ao querer dar um novo rumo à sua vida, comprando uma carrinha e tornando-a numa livraria itinerante.
Desconhecia a autora e gostei deste livro, levou-me a viajar e a querer visitar os locais que Jenny Colgan refere. Sim e tem um final feliz!
Boas leituras