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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Projetos

Ilustração

27.04.21, Olga Cardoso Pinto

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Ilustrar: latim illustro, -are, alumiar, dar luz, tornar claro, tornar evidente, explicar, tornar brilhante. In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

Assim se alumiam as minhas ideias e inspirações para uma ilustração.

A flor de cerejeira simboliza a efemeridade da vida, a feminilidade, a juventude e o amor puro.

A borboleta azul toma por simbolismo a transformação, devido à sua metamorfose, associada às mudanças que vivemos ao longo da vida e as escolhas que nela fazemos.

 

 

Celebrando

Liberdade em Poesia

25.04.21, Olga Cardoso Pinto

cravo.jpg

Abril de Abril

Era um Abril de amigo Abril de trigo

Abril de trevo e trégua e vinho e húmus

Abril de novos ritmos novos rumos.

 

Era um Abril comigo Abril contigo

ainda só ardor e sem ardil

Abril sem adjectivo Abril de Abril.

 

Era um Abril na praça Abril de massas

era um Abril na rua Abril a rodos

Abril de sol que nasce para todos.

 

Abril de vinho e sonho em nossas taças

era um Abril de clava Abril em acto

em mil novecentos e setenta e quatro.

 

Era um Abril viril Abril tão bravo

Abril de boca a abrir-se Abril palavra

esse Abril em que Abril se libertava.

 

Era um Abril de clava Abril de cravo

Abril de mão na mão e sem fantasmas

esse Abril em que Abril floriu nas armas.

 

Manuel Alegre

 

Dia Mundial da Terra

22.04.21, Olga Cardoso Pinto

Nábia dando água ao Mundo.jpg

Ao longo de tantos anos já muito foi dito, discutido, escrutinado, investigado sobre a crítica situação do nosso planeta. Quais os reais e efetivos avanços para enfrentar a destruição do clima, dos ecossistemas, das espécies e da própria sobrevivência da Humanidade na Terra?

Cada um de nós tem uma parte a fazer, como um todo, numa só vontade. 

"A Terra é minha casa e a humanidade a minha família.”

Kahlil Gibran

Imagem: Nábia dando água ao Mundo. Óleo sobre tela.

Sugestão de música para o dia de hoje: Musique de la Terre vue du Ciel de Armand Amar

 

Bordados de Amor

15.04.21, Olga Cardoso Pinto

lenço dos namorados.jpg

 

Tecedeira

 

Sinto a chuva no rosto

Numa felicidade sem fim

Rasgo penas de desgosto

Voando procurando por mim

 

Lavo a alma atormentada

Sem condição para a condenar

Sinto-me na leveza enlevada

Nesta vontade de criar

 

Bordo em fios bem delgados

Teço destinos irreais

Encontro mistérios guardados

Envolvendo-me em bordados magistrais

 

Sei quem fui, o que sou

Sem tormentas nem dor

Sou aquela quem bordou

Todos os versos de amor

 

Imagem: Lenço dos Namorados - Vila Verde

 

Branco

Desafio Caixa de Lápis de Cor

14.04.21, Olga Cardoso Pinto

branco.jpg

Este desafio termina hoje com a cor branca. Recordo que foi criado pela amiga Fátima Bento, do blog Porque Eu Posso, e que tem feito correr tanta escrita! 

Como gosto de casas antigas, sobretudo aquelas que ficaram esquecidas pelo tempo, hoje escrevo sobre uma muito especial. 

 

 

Perdeste a tua altivez granítica, hoje és senhora decrépita lamentando os anos que por ti passam. As memórias do tempo guardá-las envolvidas na patine das décadas, cobertas pelo cintilar do pó, pelo bordado das teias, do negrume das traves, das madeiras corroídas, do soalho desgastado. Quantas vidas foram desfiadas nessas tuas paredes outrora caiadas, alvas de ser e luz? Quantas histórias contarias se alguém te escutasse? Envolvem-te com adoçado carinho e cor uma nogueira, duas laranjeiras, uma figueira e uma ameixieira. Que mãos as plantaram? Que segredos conta a terra que as viu crescer? Donde vem a água que torna este solo fértil, rico e espontâneo no medrar de todo o verde, pontilhado de amarelo, roxo e branco? As heras crescem ligeiras, ansiando adornar tão melodioso lugar. As rolas arrulham sempre perto de ti, acariciam-te as telhas desgastadas atirando aos céus sonetos de amor.

Dentro das tuas paredes mora o silêncio, a frescura dos dias que guardas para conservar a saudade de quando eras mimada, ruidosa, com música da rádio que agora jaze calado sobre a mesa da cozinha. Quantos odores ficaram suspensos dos cozinhados na lareira de boca larga, escancarada, para receber mais lenha e o pote de três pés.

O espelho, pendurado, ficou ali refletindo para o interior as janelas do varandim que se abrem para o esquecido jardim que, no entanto, continua a crescer rebelde insistindo em renovar-se em cada estação que vês passar. Miras-te nele em cada ano que corre indiferente à tua velhice, quem cuidará de ti? Eu ou um outro eu que me viu entrar? Só o reflexo branco, translúcido na tua parede caiada de branco, agora sujo…

 

Neste desafio participam #OGrupoDosLápisDeCor:

Fátima, A Concha,  A 3ª FaceA Marquesa de MarvilaMaria AraújoPeixe Frito, imsilvaLuísa de SousaMariaAna D., Célia, Charneca em FlorMiss Lollipop, Ana MestreAna de DeusCristina Aveiro, bii yueJoão-Afonso Machado e José da Xã.

 

O que ando a ler

13.04.21, Olga Cardoso Pinto

a livraria dos finais felizes2.jpg

Tenho lido com regularidade e há bons livros que irei aqui referir. Hoje recomeço as minhas apreciações sobre o que ando a ler ou que já li.

Esta foi a minha última leitura A Livraria dos Finais Felizes de Jenny Colgan, da Edições Chá das Cinco. É uma história leve, engraçada sem grandes reviravoltas ou dramatismos.

O que me despertou para o ler foi, sobretudo, saber que a ação se passa na Escócia e os desafios que se deparam à personagem principal ao querer dar um novo rumo à sua vida, comprando uma carrinha e tornando-a numa livraria itinerante.

Desconhecia a autora e gostei deste livro, levou-me a viajar e a querer visitar os locais que Jenny Colgan refere. Sim e tem um final feliz!

Boas leituras

 

 

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