Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Celebrando Fernando Campos

06.04.23, Olga Cardoso Pinto

cartaz_ FC15 (2)2.png

Exposição "Fernando Campos: uma viagem pelos seus livros"
Em abril celebra-se o 99º aniversário de Fernando Campos. Esta exposição, patente na Biblioteca Municipal da Maia, é uma viagem pela sua bibliografia, disponibilizando a todos a sua produção romanesca.


HORÁRIO: segunda das 18.00h às 23.00h / terça a sexta das 09.30h às 23.00h / sábado das 09.30h às 22.30h - Entrada livre

 

III Colóquio 22/04 e 23/04

A Biblioteca Municipal da Maia promove o III Colóquio de Fernando Campos. Este colóquio abordará a extraordinária obra de Fernando Campos. O Colóquio iniciar-se-á com o escritor Sérgio Luís de Carvalho no dia 22 e dia 23, seguindo-se de três painéis de dissertação com vários intervenientes conhecedores profundos da sua obra.
Datas: 22 às 21h e 23 das 9h às 17h45
Local: Biblioteca Municipal / Praça Fernando Campos

 

Imagem: Ilustração para o cartaz comemorativo, da minha autoria, inspirado na obra do escritor.

 

Fernando Campos
(Águas Santas, Maia, 1924 - Lisboa, 2017)

Professor, investigador, ensaísta e ficcionista. Filho do pintor Alberto da Silva Campos. Licenciou-se em Filologia Clássica pela Universidade de Coimbra. Professor de Humanidades, publicou várias obras didácticas e monografias de investigação etimológica ou de exegese literária. Prosadores Religiosos do Séc XVI, A «Vida de S. Teotónio» Uma Fonte de «Os Lusíadas" e O Arinteiro de El-Rei são alguns desses textos.

Residente em Lisboa, leccionou no ensino secundário, tendo terminado a sua carreira docente na Escola Secundária Pedro Nunes, onde a sua erudição e admirável personalidade humanística lhe conferiram prestígio entre alunos e colegas.

O seu primeiro romance, A Casa do Pó, publicado em 1986, recupera um género (quase) esquecido em Portugal, o do romance histórico. O êxito então alcançado entusiasma, imediatamente, alguns editores estrangeiros, que lhe garantiram edições em França e na Alemanha. A acção do romance desenvolve-se num cenário renascentista, em torno de Frei Pantaleão de Aveiro, personagem inquietante e intrigante que procura a sua identidade. Pontuado pelo rigor e por uma riquíssima capacidade de reconstrução e animização do passado, este romance marca definitivamente a ficção portuguesa contemporânea.

Recebe o Prémio Eça de Queirós, da Câmara Municipal de Lisboa, em 1995.

Psiché, publicado em 1987, é um cativante texto memorialista, construído à volta de uma família. Segue-se-lhe O Pesadelo de dEus (1990), título claramente indiciador da sua temática metafísica e religiosa. A Esmeralda Partida revisita a figura de D. João II.

Está representado em diversas antologias, em Portugal e no estrangeiro, das quais se destacam Imaginários Portugueses, 1992, Europe Come: 15 Racconti per 15 Nazioni (Itália), 1996. Tem colaboração regular no JL: Jornal de Letras Artes e Ideias.


in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998