Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

A nossa estrelinha no céu

31.10.25, Olga Cardoso Pinto

e16ed783-9421-4fdd-9b41-656fbb8d741c.jpeg

🌸

 

Quando se perde alguém que se partilhou durante vinte anos, a dor é indiscritível. Há um vazio que cresce avassaladoramente pelas horas dos dias. Cada divisão, cada lugar e objeto da casa, recordam que estiveste aqui, tão viva, tão presente como no primeiro dia que entraste na nossa vida. A vida foi-se desenrolando numa contagem de tempo, onde tu trazias a cor aos dias nublosos, onde tu eras o afago quente sem palavras humanas, porém de linguagem compreendida por nós.

Partiste, numa despedida anunciada, mas que nenhum de nós queria ouvir, por te amarmos tanto, tanto… Teve de ser, pois merecias o descanso, amar também é saber deixar ir.

Ficam as saudades, as lembranças em fotografias e filmagens que nos embargam a voz, ficam as recordações de dias bonitos e ternos dessa tua vivência pacífica, desse teu jeito peculiar de nos amares a cada um de forma diferente. Sim, sei que nos tinhas amor, demonstraste-o ao longo de tantos anos, mesmo no fim procuravas-nos, confirmando não estares sozinha.

Sei que estarás sempre junto de nós, mesmo que os olhos do rosto não te vejam, que as mãos não te sintam e no colo não nos peses. Sei que estarás sempre por casa, o lar que te acolheu, onde cresceste feliz e onde nos deste tanto. Sentir-te-ei no teu passo miudinho, na ténue sombra à janela, num miar doce ao fundo do corredor, nesse olhar amistoso que nos observa silenciosamente.

Serás sempre a minha menina, a princesa felina que nos abraçou a alma e, um dia com certeza, voltarei a encontrar-te num abraço atemporal onde não haverá dor, nem perda e muito menos saudade, apenas luz e plenitude.

 

Para sempre Cookie, até um dia…

9/4/2005- 28/10/2025

🌸

 

 

 

 

A reflexão do chá

20.10.25, Olga Cardoso Pinto

4B33E8E7-334F-44FE-A4E3-98116AB66155.jpeg

Desde algum tempo que a atualização do blog se demora. Não é por não querer partilhar, muito menos nada haver de interessante para publicar, é antes uma vontade de escrever algo que, certamente, será controverso para muitos,  ou não… também não me apetece acender a chama dos comentadores inflamados e das críticas, se estas forem construtivas aceito-as, se não, que vão para as urtigas. A causa deste desalento e ao mesmo tempo vontade danada de o fazer, é uma imensa desilusão e discórdia por estes acontecimentos nacionais e mundiais que ganham a publicidade dos dias nos mídia e nas redes sociais.

Quando se chega a um ponto da vida em que achamos que já vimos muita coisa, vem uma daquelas admirações que nos deixam de boca escancarada até aos joelhos, tal é a tontice e o inverosímil da coisa…já para não abordar as guerras, santificadas e exploradas, “transvestidas”de valores e cunho histórico. Aborrece-me a Humanidade com falta dela, o constante debate e confrontação pautado pela ignorância, a ausência de empatia e respeito, a aceitação (que tanto se faz alarde) está a esgaçar para a intolerância, tudo se questiona num debate exaltado, a via do facilitismo evidencia-se em tudo, até no parto. Que mais direi? Tanto e tanto… e pensei eu, um dia, quando deveria ter os meus nove anos: “como será quando eu tiver cinquenta anos?!”. Ui,  como a vida nos parece tão diferente quando somos crianças! Mal sabia que viveria em tempos conturbados, guerras, ditadores à solta, fome, ganância, intolerância e radicalismo, racismo, xenofobia, crueldade, ignorância, à semelhança do tempo dos meus avós. E tanto avanço tecnológico e científico disponível para a Humanidade estar mais além…tanta inteligência artificial e tão pouca inteligência humana. No entanto, concluo ainda assim, com o mesmo sentimento esperançoso dos meus nove anos, quando achava que o mundo dos adultos estava sempre certo, onde tudo se consertava e as crianças coloriam a vida.

 

🌸

Orgulho

03.10.25, Olga Cardoso Pinto

 

Vila do Conde, ESMAD - 30.9.25

Que grande orgulho, Mestre Nuno! É uma felicidade ver o culminar do teu trabalho, ao qual tanto te entregaste. O grau de Mestre é teu por direito e muito o mereces! Mais um capítulo concluído nesta intrincada teia da vida, um desafio superado com distinção! Seja branda a caminhada para avançar, evoluir, conquistar, desfrutando-a 💝

 

O nosso Mestre em Cinema e Fotografia com especialidade em Cinema Documental e Experimental 💞