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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

A Flor

22.01.24, Olga Cardoso Pinto
    "Pede-se a uma criança. Desenhe uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém. Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase que não resistiu. Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais. Depois a (...)

O Tempo

17.01.24, Olga Cardoso Pinto
    O Tempo vai fluindo pelos caminhos do mundo, sem nunca retroceder, tal como o rio que não passa duas vezes no mesmo lugar. Na infância tudo é lento, sem o Tempo a cronometrar. Os verões são imensos em brincadeiras de dias ensolarados, longos como o fio do Tempo. As noites são preenchidas por sonhos coloridos de fantasia. Depois, o Tempo ganha asas na adolescência, tudo parece desenrolar-se sem o nosso controlo. O Tempo é pouco para tantos afazeres, tantas paixões, tanta (...)

Fotos do meu álbum

12.01.24, Olga Cardoso Pinto
    Caminho líquido, Onde deixo mergulhar a imaginação, de tempos idos, de uma recordação. De uma recordação de quem fui, de quem hoje sou. A inspiração nasce e flui numa braçada, de mergulho profundo até às profundezas da divagação. Neste texto corrido, divago em poesia, conto de memória esta emoção, esta alegria. Um momento singular de estar contigo, sem tempo nem lugar, apenas te desfrutar, te sentir, ser amigo. Levei comigo as almas de quem já voou, numa (...)

Antiguidades

11.01.24, Olga Cardoso Pinto
A Porta Encerras segredos por revelar Austera e fria descuras o tempo Que por ti teima em passar Nada revelas, implacável guardião Somente o musgo, o desgaste de eras Que patina a pele e o teu coração Guardiã de mistérios por revelar Encerrada ao mundo que gira Que circunda o sol sem nunca abrandar Ali estás, robusta presença, impenetrável Adornada outrora de brilhante cor Jazes hirta, resiliente, inigualável Carente de afeto, atenção e amor.     Foto: porta de acesso à (...)

Inspiração

09.01.24, Olga Cardoso Pinto
  No correr do rio agreste, o rei sol lava-se da neblina que o tenta nublar. Insinua-se no firmamento no desfiar de mais um dia. Reflete-se até findar no manto de água marinha. Recolhe-se, finalmente conformado, para dar a luz à noite, senhora penumbrosa de brilho enfeitiçante. Lua mestra dos segredos, sedutora dos sonhos, sussurradora de silêncios. Sol e Lua, amantes eternos que só se tocam no raiar do dia e desvanecer da noite.     Foto: Praia da Malheira - rio Homem, (...)

Ano Novo

04.01.24, Olga Cardoso Pinto
💝 Que o sol radioso entre nas nossas vidas Que o verde intenso invada  os nossos dias Que o azul do céu seja a nossa ambição  Para um novo ano pleno em alegria   Bom ano de 2024 💝    

Novamente Dezembro

04.12.23, Olga Cardoso Pinto
Dezembro! És o último dos meses, encerras o desfilar do tempo nas folhas do calendário. Nasceste envolto em neblina, frio, dias mendinhos e longas noites, no entanto, és cheio de festividades e celebrações. O solstício de inverno continua celebrado em ti pela natureza que se enovela para letargicamente viver em suspenso. Em ti nasceu o amor que me cativou, o filho segundo num desejo assoberbado e a fraternidade de uma alma semelhante à minha! Em ti faço balanços de um ano (...)

Janela namoradeira

27.11.23, Olga Cardoso Pinto
  Senta-te comigo à janela... Num belo dia ensolarado, Ou na noite serena de céu estrelado.   Senta-te juntinho a mim Como a namorar, Deixemo-nos ficar assim O jardim contemplar...   Olha...lá longe a serra, como por nós a suspirar E aqui perto a vinha, as laranjas e o trigo ao sol a doirar Depois as camélias, as rosas e os cravos, todos a medrar...   Diz-me de ti, aqui ambos sentados... Faz-me sorrir com o teu humor, Conta-me segredos, verdadeiros ou inventados, Deixa-me corar (...)

Segredos

20.11.23, Olga Cardoso Pinto
  "Glória ia sendo lentamente seduzida pela vida singela deste mundo rural. Durante o dia, aos poucos, ia esquecendo as lembranças que à noite teimava em guardar e a revisitar vezes sem conta, com o intuito de não as olvidar, arreliava-se até por esquecer um ou outro pormenor da antiga casa, da antiga rua e da escola. Contudo, nunca saíra das redondezas sozinha. Naquela manhã saiu decidida, depois de avisar o pai que ia num pequeno passeio. Não o confessava, mas o irmão era o (...)