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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

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A triste sina de um país

05.09.24, Olga Cardoso Pinto

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Incêndios, a triste sina do nosso país.

Os fogos voltaram em grande força agora na reta final do verão. Se o verão, as temperaturas altas e as alterações climáticas provocassem incêndios, já todo o planeta tinha ardido por auto combustão. Quem provoca os incêndios são as pessoas, ponto! Descuido, insensatez ou propositado, tudo isto é CRIME! Quem no seu perfeito juízo vai ali fazer uma “queimadita” para limpar a horta ou terrenos, em plena ventania e calor? Quem se deixa aliciar ou convencer por alguém cujos interesses se movem em esferas pela maioria de nós desconhecidas? Loucos à solta, apanhados em flagrante ou acusados, que têm como passatempo passearem-se pelo mato e florestas a divertirem-se, ateando umas brasas só pelo gozo de ver bombeiros e populações numa azáfama tantas vezes fatal? Quem no seu perfeito juízo lança foguetes, porque a festa e a tradição assim obriga? Quando é que isto acaba? Quando param de destruir o nosso verde, as nossas florestas, esta riqueza que ainda temos no nosso pequeno e belo país? Até há época para os incêndios, como se fosse algo banal ou um acontecimento cíclico ao qual não se pode evitar.

Acordar de madrugada com o cheiro a madeira queimada e vislumbrar ao longe o clarão do crime, acompanhado pelo fumo da dor de milhares de árvores, bens e animais carbonizados, é revoltante. É revoltante ver vidas perdidas, esforço de meios e orçamentos no combate a este crime que não tem fim. Temos o país a arder todos os verões, cada vez mais a nossa área florestal perde terreno, o que pode ainda ser feito para o evitar? No meu entender passa pelo básico: educação em casa e formação na escola para a ecologia, civismo e cidadania, com práticas no terreno, não chega só teoria - visitas e passeios pela floresta também são importantes. Parem de passar constantemente nos canais de tv imagens dos incêndios, os pirómanos adoram e ficam acicatados com tal violência das imagens. A justiça tem de ser mais célere e forte com este tipo de crime, seja quem for que o cometa. 

Sejamos todos vigilantes das nossas florestas, e não nos deixemos consumir pela indiferença nem deixemos carbonizar a nossa riqueza florestal, a nossa saúde e futuro depende de todos, estamos indiscutivelmente interligados, natureza e humanos, não permitamos que o fogo queime esta vital relação.

 

 

Foto: o verde e a água que são a riqueza do nosso belo Minho, uma benção à qual devemos estar gratos e zelar para que perdure. Somos os guardiões desta riqueza, ela não é propriedade pessoal nem de interesses políticos, mas sim o nosso legado às gerações vindouras, de humanos e de todo o ecossistema.

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