Bordados de Amor
Tecedeira
Sinto a chuva no rosto
Numa felicidade sem fim
Rasgo penas de desgosto
Voando procurando por mim
Lavo a alma atormentada
Sem condição para a condenar
Sinto-me na leveza enlevada
Nesta vontade de criar
Bordo em fios bem delgados
Teço destinos irreais
Encontro mistérios guardados
Envolvendo-me em bordados magistrais
Sei quem fui, o que sou
Sem tormentas nem dor
Sou aquela quem bordou
Todos os versos de amor
Imagem: Lenço dos Namorados - Vila Verde