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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

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Contar estórias a rimar

11.07.23, Olga Cardoso Pinto

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O Tubarão Martelo


Um menino muito medroso, banho não queria tomar
Sempre que no final do dia a mãe dizia:
- Vamos para banheira e o sujinho lavar!
O menino chorava, esperneava e gritava:
- Nãooo! Banho não quero e banheira nem pensar!

Mas o porquê deste berreiro,
Deste medo irracional?
Ficou o menino desordeiro
Ou simplesmente emocional?

- Um gluglu que não entendo
Vem do ralo da banheira,
Quando a água vai correndo
Sumindo afoita e ligeira…

- Pequenino e fofo meu
Quanto medo sem justificação!
Senta aqui no meu colo
Que te canto uma canção:

“No buraco da banheira
Está o Tubarão Martelo,
Ai que medo, ai que medo
Vou dar-lhe com o chinelo!”

O menino virou homem, bem formado e inteligente,
Ainda hoje canta a canção
Deste Tubarão que não come gente.

 

Estórias rimadas, estórias cantadas - Olga Cardoso Pinto

 

Esta estória, inventada para entreter os meus filhos, já se ramificou e agora pertence à Benedita, que também já a contou à mãe...e com todos os pormenores

 

 

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