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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

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Desafio do Conto

11.05.20, Olga Cardoso Pinto

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A Ana de Deus, autora do blog Busy as a bee on a rainy day teve a brilhante ideia de um novo desafio aos bloggers do Sapo: “ O Desafio do Conto”. Com ótimas participações, o conto já vai adiantado e num desafio constante à imaginação. Também fui puxada para esta aventura, pela Isabel do blog Pessoas e coisas da vida e ainda para apimentar pediu-me que o ilustrasse. Claro que aceitei o desafio com muito gosto, foi um enorme prazer fazê-lo. Espero ter correspondido ao propósito.
E agora desafio a Sara Isabel do blog Sarin- nem lixívia nem limonada para tomar nas suas mãos esta história, dando-lhe seguimento num texto com o máximo de 200 palavras. Deverá usar a tag: desafio do conto, para ser mais simples encontrarmo-nos.

Ora, então vamos lá...


Introdução por Ana de Deus


«Era uma vez uma jovem mulher, de seu nome Clariana, que pastoreava gansos. Ela era o primeiro ser vivo que os gansos reconheciam, desde tenro berço, e eram lhe totalmente fiéis. Aprendera com o avô todos os segredos desta mestria.»


Para aceder à continuação do conto podem clicar neste link e lerem o que cada um dos bloggers participantes escreveu.

A Isabel, que foi a última com o seu episódio, escreveu:


«Alguns pardais, apanhados desprevenidos pelos tiros, desalvoraram pelos céus a pensar no que se teria passado.
-Oh paizinho, pelo amor de Deus, este simpático rapaz ajudou-me depois de eu ter desmaiado e nem queiras saber porquê, ainda estou para saber se encontrei uma bruxa ou se alucinei.
- Oh homem tem calma, não há razão para isso tudo, olha se tens acertado em alguém, tinhamos a vida desfeita - disse Izabel - E o senhor desculpe esta reação do meu marido, mas quando diz respeito à filha, perde as estribeiras.
- Claro, compreendo. Já agora o meu nome é Rodrigo, Rodrigo Mendonça. Peço desculpa pela intromissão, mas assustei-me quando vi a sua filha desmaiada.
- E tu filha, estás bem? Tens a certeza que não é preciso ir ao hospital?
- Estou bem mãe, não passou de um susto. Convidei o Rodrigo para vir ver os gansos. Não fiz mal, pois não?
- Claro que não filha, e Rodrigo, o almoço está quase pronto, gostaria de nos fazer companhia? É um agradecimento pelo que fez.
- Bem, realmente não tenho pressa de seguir caminho, por isso, aceito com muito gosto.
Aí, João Bernardo viu-se na obrigação de pedir desculpas, que foram imediatamente aceites pelo jovem.
Mas foi quando...»


E eu continuo:


Rodrigo se virou, para ir acomodar-se à mesa, eis que Juca se apercebeu de algo a remexer-se sob a gabardina. E agora que reparara com mais pormenor, o rapaz caminhava de um jeito estranho. Tentou aproximar-se, mas Rodrigo acabara de se sentar, tinha perdido a oportunidade.

A tarde foi decorrendo num lento remanso, só se ouvia a passarada lá fora e a voz melodiosa de Rodrigo. Talvez fosse do tempo ameno ou da conversa desfiada, em tom relaxado e levemente sibilado pelo jovem, todos estavam a ficar ensonados. As pálpebras pesavam aos pais, não conseguiam evitar o bocejo constante. Porém, Clariana estava embevecida, sorvendo as palavras de Rodrigo que lhe pareciam mel, num encanto que a envolvia numa dormência irresistível. Juca e Izabel não resistiram e acabaram adormecendo de cabeças encostadas, em ligeiros roncos e desfalecidos, pesadamente recostados no banco arca da cozinha.

A noite caíra. O céu adornado pelo pontilhado brilhante das estrelas, refulgiu quando as nuvens revelaram uma imensa lua cheia. Clariana acordou sobressaltada, não sabia onde estava. Sentia frio. Olhando em volta levantou-se, perguntando assustada:
— Onde… Onde estou? — ouviu passos no cascalho e apercebeu-se que estava numa gruta ao ouvir o eco da sua voz.

Continua…

 

Lembro que podem ver o conto completo aqui 

Ilustração: Clariana a pastora de gansos

 

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