Despojos que iluminam a criatividade
« Ao caminhar descendo e saindo do aglomerado da aldeia, a vista alonga-se num verdejante pasto onde se refastelam gordas vacas. Perto do termo do abraço florestal, em local mais soalheiro como num quadro bucólico, uma pequena casa em ruínas. Consegue-se, sem esforço, imaginar o fumo encaracolando vindo da chaminé, reinasse o estio, calor ou gelo, nesta moradia que ainda se ergue humilde na sua pequenez granítica. Outrora coroava-a um jardim repleto de flores coloridas, de pequenas árvores de fruto ajeitadas, um poço e algumas galinhas que esgravatam a terra escura.»
Excerto do conto Avelina por Olga Cardoso Pinto