É novamente dezembro
E cá estamos nós outra vez em dezembro! Assim se deu mais uma volta (de tantas outras nos nossos dias) neste mundo...
Parece-me que foi há poucos meses que desfiz a árvore de Natal, o presépio e restantes enfeites, que se dissipou de casa o cheiro da quadra, o quente do conforto natalício e já é novamente Natal! Por onde andam as prendas e pensando bem, quais foram? O que recebi e o que ofereci? Desvanece-se a festividade na vida corrida dos dias, na azáfama das compras, do trabalho e dos sonhos...estes nem sempre doces nem realizáveis.
O Natal cada vez chega-nos mais cedo, pelo consumo nos centros comerciais e hiper, super e mini mercados, todos arrastados pela onda do ter, levando-nos na enxurrada das compras apetecíveis, do brilho das cores e dos sons. O apelo anda por todo o lado, na rádio, na tv, na net, obrigando o cérebro a virar o chip e a perdermos o outro lado do que deveria ser Natal.
O Natal deveria voltar a ser um estado de alma, um tempo de calmaria, de apreciação e sobretudo de magia, de graça e pureza, de mistério e felicidade. Tudo isto em cada dia como num calendário do advento. Voltar aos dias em que tudo significava uma exaltação ao Dia de Natal, da família, do aconchego. Voltar aos dias da infância, áquela pureza de sentimentos, ao parecer que o mês de dezembro era longo e que havia tanto tempo para viver o Natal.