Havia um passarinho
Havia um passarinho que encantava pelo cantar
Trazia alegria e esperança a quem o queria escutar
Melodiava todo o dia canções de felicidade
Pela noite trauteava histórias plenas de idealidade
Certa vez, houve alguém que o quis só para seu deleite
Fechando-o numa redoma, cobrindo-a com dourado enfeite
A ave canora que belamente trinava, ficou amorfa, silenciada
De triste postura e sem alma pela liberdade privada
Mirrou o cantar, morreram as histórias daquela voz magistral
Fecharam-se as janelas e até mesmo os corações pela perda fatal.