Pelo caminho
Pelo caminho o asfalto recorta a paisagem quase intocável. A cantoria dos pássaros deixa entrever um mundo onde o Homem só por ali vai de passagem, mas o som que nos enche os sentidos é o zumbir replicado por milhares de abelhas que ali se alimentam das belas flores campestres, nascem assim sem a mão humana dominadora.
Neste desterro da civilização imperam os bichos, a Natureza, ela está por aqui neste cume de cheiros, perfumes, cores e sons. O ruminar e o resfolegar dos cavalos, que polvilham as cercanias mais altas, olham-nos indiferentes na sua altiva pose equina, de pelo brilhante e olhos sagazes.
A minha mente para, desliga, como a absorver o que me envolve. Olho em volta e inspiro, terei chegado a uma parte do Éden?