Quando eu morrer quero ser Árvore
Quando eu morrer quero ser Árvore
Quero ser seiva a correr pelas minhas entranhas em direção ao coração do mundo
Quero ser vida a ascender aos céus implorando-lhes que me vejam, que me sintam
Quando eu morrer quero ser Árvore Eterna
De tronco forte erguendo-me e estendendo meus braços para que neles poisem as aves, façam os ninhos e cantem melodiosamente
Para que as chuvas me inundem, dando-me de beber, lavando as minhas folhas e todo o meu ser
Para que de mim nasçam os frutos da sabedoria que alimentam a humanidade e os animais
Quando eu morrer quero ser Árvore da Vida
Ser essência, viver do ar, da água e da luz
Ser doação, o ciclo da vida, o fluir da intemporalidade
Agarrada à terra que me deu ser
Quero ser imortal, sabedoria, fecunda e divindade
Quando eu morrer quero ser Árvore!