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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Fotos do meu álbum

Natus Vincere

27.02.24, Olga Cardoso Pinto
  A escolha do subtítulo para este post Natus Vincere (Nascido para Vencer) é bem aplicado para a Natureza que determinadamente se refaz, que tudo invade, embelezando os escombros esquecidos dos despojos dos Humanos. Cobre de delicados rebentos florais e fofos musgos o que de robusto teve a vida dos Homens, as suas construções, a sua presença e o seu domínio. Os Humanos partem e a Natureza retorna ainda mais enérgica, pulsante de vida e força.      

O Tempo

17.01.24, Olga Cardoso Pinto
    O Tempo vai fluindo pelos caminhos do mundo, sem nunca retroceder, tal como o rio que não passa duas vezes no mesmo lugar. Na infância tudo é lento, sem o Tempo a cronometrar. Os verões são imensos em brincadeiras de dias ensolarados, longos como o fio do Tempo. As noites são preenchidas por sonhos coloridos de fantasia. Depois, o Tempo ganha asas na adolescência, tudo parece desenrolar-se sem o nosso controlo. O Tempo é pouco para tantos afazeres, tantas paixões, tanta (...)

Ano Novo

04.01.24, Olga Cardoso Pinto
💝 Que o sol radioso entre nas nossas vidas Que o verde intenso invada  os nossos dias Que o azul do céu seja a nossa ambição  Para um novo ano pleno em alegria   Bom ano de 2024 💝    

Recomeçar

Microconto

27.12.23, Olga Cardoso Pinto
    Subia a ladeira, cansado, sem fôlego, as pernas já não tinham a mesma força de outrora. O velho parou para recuperar energias. Mirou lá do alto o mundo, todo ele repleto de humanos e tão pouca humanidade. Viu a destruição, a fome e a guerra, a natureza devastada, a exploração desenfreada dos seus recursos, a biodiversidade alterada, as crianças subjugadas sem futuro...Baixou os braços, derrotado. No início, pensara que seria ele a fazer a diferença, como estava (...)

O Presépio

Contos de Natal 2023

18.12.23, Olga Cardoso Pinto
  O Presépio   A cidade enfeitava-se de luzes e decorações natalícias. As montras das lojas exibiam os melhores enfeites, sugestões de presentes, cor e alegria. Doces e iguarias compunham o mostruário das mais finas pastelarias, oferecendo-se à avidez dos transeuntes. Os pequenos olhos engoliam tanta luz, cor, aromas e desejos de brincadeira. Agarrada à mão da colega, lá ia sendo arrastada para o teatro que se exibia ao fundo da rua, todos de mãozinhas dadas como um (...)

Segredos

20.11.23, Olga Cardoso Pinto
  "Glória ia sendo lentamente seduzida pela vida singela deste mundo rural. Durante o dia, aos poucos, ia esquecendo as lembranças que à noite teimava em guardar e a revisitar vezes sem conta, com o intuito de não as olvidar, arreliava-se até por esquecer um ou outro pormenor da antiga casa, da antiga rua e da escola. Contudo, nunca saíra das redondezas sozinha. Naquela manhã saiu decidida, depois de avisar o pai que ia num pequeno passeio. Não o confessava, mas o irmão era o (...)

Nós, Humanos

08.11.23, Olga Cardoso Pinto
🍃🍂 Todo o corpo humano é um mundo natural... Os nossos pulmões assemelham-se a árvores, o nosso cérebro parece-se com zonas rochosas desgastadas pelas águas, as nossas impressões digitais comparam-se com os anéis das árvores que registam a sua idade no interior do seu tronco, as palmas das nossas mãos colocadas ao lado de folhas de árvores, são semelhantes nos veios que as percorrem. O nosso sistema circulatório é quase como a imensidão de rios que correm para o mar. O (...)

Reflexões

24.10.23, Olga Cardoso Pinto
  Quem, no sossego das pedras e no íntimo da natureza, jurou amores e refletiu na vida? Nas suas versões, nos dois lados dos amores e da vivência? Tudo tem duas faces, duas versões - um real, terreno - outro, como um reflexo que se desvanece, incorpóreo. A mente balança entre dois estados e a isso se chama imaginação, a mãe da criatividade, a luz que ilumina os dias reais. O reflexo idealizado que faz sentido para o criativo...   Foto: Ponte de Varziela - Castro Laboreiro  

O azevinho já frutificou

17.10.23, Olga Cardoso Pinto
    "Vou contar-vos uma estória sem tempo nem lugar. Perdeu-se no novelo dos séculos o pormenor que fazia dela uma estória pessoal. O tempo pode tudo e não pode nada. Pode curar e transformar, mas esquece e basta o sopro de novas vidas para que se perca o rasto poeirento das lembranças. Mas a natureza lembra, mesmo a mais ínfima lembrança deixa-a a vogar no cosmos… Tudo começou numa manhã de primavera. Estamos dentro de uma casa, antiga, arrumada. O sol entra pela janela da (...)