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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

A Casa de Sobrado

Onde o tempo abranda

19.05.25, Olga Cardoso Pinto
      A vida tem as suas voltas, os seus caminhos muitos particulares, por vezes nem sabemos que um dia iremos trilhar  uma das suas veredas... É com imensa alegria que partilho o projeto familiar A Casa de Sobrado, uma casinha para desfrutar em férias e proporcionadora de bons momentos, para inspirar a ligação à natureza, recarregar de energia e à criatividade. Este é o nosso projeto (...)

Não me esqueças

07.05.25, Olga Cardoso Pinto
  Os miosótis floriram beirando qualquer caminho, decorando todo o lugar, seja à beira rio ou num prado verdejante. São tão pequeninos, de frágil aparência, mas de inigualável beleza e perfeição. O azul celeste das pétalas contrasta com o amarelo da corola. Toda esta candura é envolvida pelo bouquet de cintilantes folhas verdes.  Nasceram livres, sem sementeira humana, somente a vontade de se propagarem, irem mais longe atapetando e singrando pelo espaço fora. Estes (...)

Iluminar o apagão

30.04.25, Olga Cardoso Pinto
  Enquanto o mundo agitado fica lá fora, num apagão que faz revelar a fragilidade da vida moderna, o rio corre ligeiro num murmurejar energizante, a brisa sopra fazendo dançar as copas das altas árvores, as aves rasam a água fresca reconfortante, o zunir das abelhas azafamado em volta das flores silvestres que atapetam os caminhos, o sol brilha ali no firmamento azul...tudo está como deveria, como sempre foi, alheio à civilização que nos traz neste rodopiar constante entre (...)

Caminhos rurais

18.04.25, Olga Cardoso Pinto
    Caminhos rurais, por onde anda a paz e a tranquilidade de dias solarengos, sem sons humanos, somente o restolhar dos nossos passos, a brisa que corre levemente sobre os  cabelos e a felicidade de estar aqui. Caminhos rurais por onde se perdem as nossas almas e seres, composições abstratas de vontades e persistência no retorno, no refazer e sonhar... Perdemo-nos nestes caminhos feitos de terra, rios e verde imenso, onde se encontram os nossos passos marcados em solo fértil, as (...)

Primavera

31.03.25, Olga Cardoso Pinto
    Abram portas e janelas, com estrondo ou em silêncio. Abram as bocas de espanto e o coração ávido de cor, abram as mãos e a mente e todo o vosso ser...ela chegou, plena de esplendor, de perfumes frescos de flores a desabrochar, de luz que a envolve mesmo em plena escuridão. Espantem-se com o colorido que ofusca, da sinfonia de chilreios que desperta o mundo, de toda a alegria verde que invade cada recanto... Ela chegou, veneremos o chão que ela floresce, cada pedaço de céu (...)

Confissão

26.02.25, Olga Cardoso Pinto
    Tenho no peito guardado um segredo por revelar, Fechado a sete chaves para ninguém conhecer. Pula e gira de felicidade sem o conseguir calar, Meu coração adoçado pelo amor que teima em crescer.   Sussurra sonetos belos de manhã até à noitinha, Conta-me belas estórias não me sentindo sozinha, Pipila feliz cá dentro, esta ave de arribação, Traz-me aos pulos no peito este inquieto coração!     Foto: pormenor de pintura a acrílico inspirada no Lenço dos Namorados.    

Contemplação

29.01.25, Olga Cardoso Pinto
O Tempo passou por aqui, espreguiçou-se e deixou-se ficar para invernar placidamente, alheio ao mundo que teima em correr. É vê-lo a contemplar o correr do rio, escutando o cantar das aves, atento ao mais pequeno murmúrio da Natureza em pausa, numa sucessão de pinceladas de cor e mutáveis paisagens. Ficou aqui, em contemplação, suspenso no sopro da vida.     Foto: Rio Lima, Ponte da Barca  

Subindo a ladeira

20.12.24, Olga Cardoso Pinto
  Ao subir a ladeira, adentro-me na imensidão do caminho de árvores, de vegetação, de vida perene que se vai ramificando pelos tempos. Vou subindo, porque já desci a passo rápido. Subir custa mais, envolve esforço e concentração, porém, distraio-me neste caminho vegetal, contemplo o que me ladeia, recebo os raios de sol que me energizam, incentivando-me a continuar até ao topo. Continuo afincadamente, os músculos já estalam, mas continuo sempre, mais um fôlego...e eis que (...)

Crepúsculo do dia

12.11.24, Olga Cardoso Pinto
  O crepúsculo da luz, vista do alto, de mais um final de tarde. Um dia, que se finda com um adeus do astro rei, traz o repouso e o silêncio das trevas da noite. Belo o entardecer que se doira por esta luz, cobrindo-se com o manto de neblina que se evola das serras. Brilham as estrelas e diz-se boa a noite, melodia adunada com o eco da quietude. Do alto digo adeus à grandeza de mais um dia...    

A Serra

05.11.24, Olga Cardoso Pinto
  Serra que ao alto me levas, num caminho com destino e companhia. Que alegria! Ar limpo, impoluto, de olhar largo no horizonte vasto, que sensação... Palpita coração! Plenitude do ser, aqui estar e tudo abarcar, o começo e o fim. Tudo em mim! Eleva-te, Paz, neste sossego absoluto e voa pelo mundo, infla-lhe juventude Que a Serra continue assim, um berço para a quietude. Serra dourada, plena de vida, prenúncio de futuro, inspiração De uma tela pintada, um poema lírico, de uma (...)