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A Cor da Escrita

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Páginas onde a ilustração e o desenho mancham de cor as letras nascidas em prosa ou em verso!

Voando por aí

02.09.25, Olga Cardoso Pinto
    Nas asas de um passarinho fui divagar por aí fora Buscando a razão do caminho, quem sou e quem fui outrora Encontrei neste deambular um porto seguro, uma raiz Que me agarra e aquece, um cordão umbilical, feliz Só de pensar na empreitada do voar, de me agarrar À ave em que me tornei, de ser eu ao céu a me elevar Num voo de longa asa,  E tornar a casa...     Foto: pintura a acrílico sobre tela de um chapim-azul, mais um amiguinho que nos visita discretamente no jardim🌷    

Confissão

26.02.25, Olga Cardoso Pinto
    Tenho no peito guardado um segredo por revelar, Fechado a sete chaves para ninguém conhecer. Pula e gira de felicidade sem o conseguir calar, Meu coração adoçado pelo amor que teima em crescer.   Sussurra sonetos belos de manhã até à noitinha, Conta-me belas estórias não me sentindo sozinha, Pipila feliz cá dentro, esta ave de arribação, Traz-me aos pulos no peito este inquieto coração!     Foto: pormenor de pintura a acrílico inspirada no Lenço dos Namorados.    

Fragrância cítrica

13.02.25, Olga Cardoso Pinto
    Uma fragrância tão fresca, pulula, evolando-se no ar Perfumando tudo envolve, desde o amanhecer até ao luar Que maravilha de aroma que atrai e satisfaz És frescura cítrica campestre que tão bem faz Tal perfume maravilhoso quero-o só para mim Sorvê-lo de um trago doce, deleitando-me contigo assim...      

A Serra

05.11.24, Olga Cardoso Pinto
  Serra que ao alto me levas, num caminho com destino e companhia. Que alegria! Ar limpo, impoluto, de olhar largo no horizonte vasto, que sensação... Palpita coração! Plenitude do ser, aqui estar e tudo abarcar, o começo e o fim. Tudo em mim! Eleva-te, Paz, neste sossego absoluto e voa pelo mundo, infla-lhe juventude Que a Serra continue assim, um berço para a quietude. Serra dourada, plena de vida, prenúncio de futuro, inspiração De uma tela pintada, um poema lírico, de uma (...)

Energias outonais

23.09.24, Olga Cardoso Pinto
  Energia Uma força descomunal está em mim a efervescer Dar o golpe triunfal e o lodo revolver Trazer ao de cima o bom Incinerar o que não presta Ser a luz e ser o som de mil melodias de festa Em torno de mim gravita a força, a bondade e a razão atraio energia que se amplifica Para todos serei alma e coração     Mantra para a nova estação. O Outono chegou, parece que tudo entrará em repouso, mas não, esta é a estação da transformação, do amadurecimento e do (...)

No parque

22.08.24, Olga Cardoso Pinto
  Sobes ligeira e sorridente Ansiosa por brincar, Cabelinho solto ao vento No escorrega deslizar.   Voas nos braços da vida Com mil estórias por contar, Nas asas dos sonhos rendida Aguardando novo dia começar.   Nesse teu rosto de menina Onde poisa a felicidade, Baila a doçura fresca De tão bela mocidade. Na candura do teu ser Baloiças no tempo que se esvai, No abrigo quente deixas-te envolver Recolhendo-te ao colinho do pai.     Foto: A Diti e o papá no parque        

Destinar

25.07.24, Olga Cardoso Pinto
    Ir, sem amarras, partir Destinar por outros caminhos Voar livre, dominando o espaço, o céu e o tempo Realizar felicidade, semear, desabrochar e florir Ser e estar, em muitos lugares, acertar o rumo Fazer, construir, lançar a semente para outros futuros Ser sol, manhã e noite cálida em corpo e espírito    

Entre realidades

28.06.24, Olga Cardoso Pinto
  O meu corpo caminha sobre as tenras flores da Primavera Pelo verde imenso da esperança Num caminho sem destino Apenas vagueia entre mundos O real e o sonhado. A minha alma flutua nesse prado Onde as montanhas abraçam os sentidos São fronteira entre a terra e o céu imenso Onde o infinito etéreo beija o mortal terreno Convidando a ficar deitada sobre o verde De olhos postos no azul cerúleo Deixando-me levar pela brisa Em viagem Nas asas das borboletas e no cantar das aves...    

Navegar

09.05.24, Olga Cardoso Pinto
    Construí um barco que me levaria num caminho líquido, Deslumbrante, estável e seguro Ninguém me disse que a viagem seria calma, Pois o mar nem sempre é assim Embarquei crente que a maré me levaria num embalo, Porém a tormenta sempre espreita Sopravam ventos favoráveis e o sol refletia um desejo Viajava feliz e incauta no espelho das águas  Ribombou no céu a tormenta levando-me para longe Fiquei perdida em alto-mar, sem rumo nem guia E surgiste tu salvando-me da vaga, da (...)

Ser Sol

26.04.24, Olga Cardoso Pinto
Um sol Pode ser tudo Pode ser algo que ilumine Irradiando energia na nossa vida Pode ser o sol no céu azul O sol da meia-noite A lua iluminando as trevas Pode ser alguém no teu caminho Uma flor do teu jardim... Podes ser tu, posso ser eu...